FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA



                                                   
  *Observem as diferentes densidades

FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA

Os fatores para os quais se identifica à qualidade de uma radiografia são denominados fatores de qualidade da imagem. Os fatores são 4: densidade, contraste, detalhe e distorção. 
Densidade e contraste são propriedades fotográficas que determinam a visibilidade, ao passo que detalhe e distorção são propriedades geométricas que determinam a forma. Embora esses fatores sejam monitorados pelo radiologista, o examinador da radiografia também deverá saber como eles influenciam o resultado.


DENSIDADE RADIOGRÁFICA

A densidade radiográfica pode ser definida como sendo o grau de tonalidade na radiografia. O radiologista controla a densidade radiográfica ajustando a miliamperagem e o tempo de exposição, regulando assim, a intensidade da radiação de raios X durante a exposição. Geralmente a miliamperagem e o tempo são combinados em uma única unidade denominada miliamperes-segundo (mAs). Além isso, a distância influi na densidade radiográfica, de acordo com a lei do quadrado inverso. 
Por exemplo, duas vezes a distância da fonte de radiação vai reduzir em um quarto a densidade na radiográfica. No âmbito da radiologia, geralmente, são utilizadas distâncias padrão, de modo que a mAs constitui o fator de controle primário da densidade radiográfica. O radiologista usa seus conhecimentos sobre densidade, volume ou espessura e posicionamento do corpo do paciente para selecionar a mais apropriada para cada tipo de radiografia. Uma radiografia com subexposição (pouquíssima densidade radiográfica) ou superexposição (excesso) não reproduzirá a imagem anatômica com precisão.


CONTRASTE RADIOGRÁFICO

Na radiografia, contraste radiográfico é a diferença entre as densidades adjacentes. Uma grande diversidade de densidades produz o maior contraste, enquanto que, quanto menor for essa diversidade, menor é o contraste. Um contraste maior ou menor não é o fundamental. O objetivo principal é o detalhamento anatômico. Portanto, numa radiografia de tórax, o ideal é contraste menor, que possibilita o detalhamento das finas linhas estruturais do pulmão e as várias tonalidades cinza correspondentes aos tecidos moles do coração e dos pulmões. Contudo, no muito das vezes, a radiografia os ossos deve ser bem contrastada, para o possível detalhamento das margens corticais.
O fator de controle primário do contraste radiográfico é o ajuste correto da quilovoltagem (kVp). Quanto mais alta a kVp, maior é a intensidade da radiação, de modo que sua penetração ocorre mais uniformemente sobre todas as densidades dos tecidos. O resultado será menor perda da intensidade da radiação pela absorção dos tecidos, e, conseqüentemente, menor contraste na radiografia. Em contrapartida, quanto mais baixa a kVp, maior será a perda da intensidade da radiação, porém maior será o
contraste na radiografia.
A quilovoltagem é um fator de controle da densidade. Altas quilovoltagens resultam correspondentes aumentos da densidade, o que reduz a necessidade de mAs. A relação entre mAs e kVp é um fator de controle técnico, que reduz o risco de exposição à radiação, sem prejuízo da qualidade da radiografia. Via de regra, a prática é utilizar maior kVp e menor mAs, o que não impede a reprodução e imagens suficientes para o diagnóstico.


DETALHE RADIOGRÁFICO

Detalhe radiográfico é definido como a precisão ou nitidez geométrica das linhas estruturais reproduzidas na radiografia, é também chamado definição, nitidez, resolução, ou simplesmente detalhe. A insuficiência de detalhes é conhecida como borramento ou falta de nitidez.
O principal fator de controle do detalhe é o movimento, que pode ser voluntário, como a respiração, ou involuntário, como os batimentos cardíacos, o peristaltismo ou a vibração do equipamento.
Outros fatores que influenciam o detalhe são as distâncias entre a fonte de radiação e o paciente, o paciente e o filme, e a amplitude do feixe de radiação (ou feixe do feixe). Os raios-X obedecem às leis comuns da luz e da projeção, de forma que as variáveis mais importantes para a imagem ou radiografia é o diâmetro do feixe de radiação, a distância entre a fonte de radiação e o paciente, e a distância entre o paciente e o filme. Essas variáveis são controladas de modo a reduzir o máximo possível o borramento da imagem. Com relação ao efeito da distância do objeto a ser radiografado, o examinador deve estar ciente que quanto mais próximo o objeto estiver do filme radiográfico, mais nítida será a sua reprodução. A radiografia de tórax, por exemplo, geralmente é feita com projeção PA, porque os pulmões estão localizados na região anterior do tórax, e, portanto, essa posição fará com que eles fiquem mais próximos do filme. A coluna lombar, porém, é radiografada com projeção AP, pois, assim, ficará mais próxima do filme. Além disso, os segmentos da coluna, por estarem mais próximos do filme, serão reproduzidos com maior nitidez e os processos espinhosos serão mais bem detalhados.

*Observem como o detalhe permite visualizarmos bem a fratura


 DISTORÇÃO RADIOGRÁFICA

Distorção, como o próprio nome indica, é a deformação ou distorção da forma do objeto radiografado. Essa reprodução distorcida é chamada distorção do tamanho ou da forma. A distorção do tamanho compreende tanto o alongamento como o encurtamento das dimensões na imagem. Os principais fatores de controle da distorção são: distância entre a fonte de radiação e o paciente, e este com o filme, o posicionamento do corpo e a incidência dos raios centrais do feixe. A distância entre a fonte de radiação e o filme, guardada na maioria das radiografias ósseas, é de 40 polegadas. A outra distância importante, entre o objeto e o filme, é variável. O controle dessas distâncias fornece o fator de magnificação da imagem. A magnificação é igual a distância existente entre a fonte de radiação e o filme, dividida pela distância entre a fonte de radiação e o paciente. Isso significa que, quanto mais próximo o objeto a ser radiografado estiver do filme, menor distorção ou magnificação ocorrerá, e melhor será o detalhamento. Ao examinar a radiografia e tentar conceber a terceira dimensão, é preciso entender que borramento e magnificação indicam que essa parte a estrutura estava distante do filme, portanto mais próximo da fonte de radiação.
A distorção da forma é a magnificação desigual da estrutura que está sendo examinada. A estrutura radiografada poderá parecer alongada, maior que a original, ou encurtada, menor que a original. Embora sejam feitos ajustes para minimizar a distorção, os planos irregulares do sistema esquelético, a distância entre eles e o filme, e a divergência do feixe de radiação, sempre possibilitam algum grau de distorção. O conceito de divergência do feixe de radiação é fundamental para a compreensão a distorção gerada. Assim como a luz, os raios X são divergentes em linha reta. Apenas a porção central do feixe que chega ao objeto e ao filme produz a radiografia. Quanto maior a distância que os raios centrais tenham que percorrer, maior será a distorção da imagem, devido aos efeitos da divergência. Além disso, quanto mais inclinada for a estrutura, maior será a distorção. Para minimizar a distorção, o corpo do paciente deverá ser posicionado junto ao filme o mais paralelo possível, e o feixe de radiação deverá ser focado o mais diretamente possível sobre o objeto ou estrutura a ser radiografada. O correto posicionamento do corpo resulta menor distorção e maior abertura das articulações, ou seja, os espaços articulares serão radiografados sem interferência das extremidades ósseas.

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