Histórico da Ressonância Magnética


Apresentar o histórico da Ressonância Magnética com relação à evolução deste método de imagem.

As primeiras publicações a respeito do fenômeno da ressonância magnética (RM) foram feitas por dois grupos de cientistas americanos independentes: Felix Bloch e colaboradores, da Universidade de Stanford, e Edward Purcell e colaboradores, da Universidade de Harvard.
Em 1952, ambos ganharam o Prêmio Nobel de Física por esta descoberta que basicamente reside no fato de que núcleos processados em uma faixa fina de radiofrequência podem emitir um sinal capaz de ser detectado por um receptor de rádio. 
O valor de tal descoberta foi notado alguns anos mais tarde quando foi demonstrado que é uma frequência precisa, como ocorre com a RM. É uma função do meio químico específico, no qual o núcleo reside (chemical shift).
Durante os anos 50 e 60, a RM foi utilizada como um método analítico por Químicos e Físicos para determinação das estruturas químicas, configuração atômica e processos de reação.
A primeira aplicação biológica foi proposta por Jasper Johns que obteve sinais de animais vivos somente em 1967. Entretanto, foi Paul Lanterbur, em 1973, quem modificou os espectrômetros para fornecer sinais espaciais codificados através da variação linear do campo magnético e obtiveram as primeiras imagens de um objeto não homogêneo, dois tubos de água, as primeiras demonstrações de imagens por RM. A partir daí, a evolução da RM aplicada à medicina foi rápida. 
As primeiras imagens humanas foram descritas por Sir Peter Mansfield em 1976, focalizando-se mais nas mãos e no tórax e, posteriormente, em 1977, na cabeça e no abdômen.
Em 1983, depois de contínuas melhorias no software e hardware, os aparelhos de RM de corpo inteiro apresentavam um sistema capaz de realizar exames, com imagens de ótima resolução espacial em poucos minutos. 
As imagens na medicina podem ser produzidas por diferentes fontes que interagem no tecido humano. O tecido biológico em geral é opaco à radiação de comprimento de onda intermediário, como ultravioleta, infravermelho e a de microondas (frequências inferiores a 150 Mhz).
Entretanto, o corpo humano é relativamente transparente às radiações de comprimento de onda curto (como, por exemplo, raios-X), que interagem com os elétrons, e às de comprimento de onda longo (ondas de rádio), que interagem com os núcleos.
As técnicas radiográficas (raios-X convencionais e tomografia computadorizada) produzem imagens resultantes da atenuação dos fótons dos raios-X pelo tecido corporal.
As variações de contraste, nestes casos, se baseiam na variação das densidades de cada tecido que está sendo examinado. Imagens podem também ser produzidas por ultrassom, em que a clareza do sinal é o resultado da quantidade relativa de sinais refletidos.
O ultrassom (US) não utiliza a radiação ionizante contida nos raios-X e na tomografia computadorizada (TC), porém, oferece resolução espacial bastante inferior. Além disso, o US é limitado pela presença de uma janela acústica, entre a superfície externa e a região de interesse.
As imagens por RM, contudo, são obtidas de modo não invasivo, têm extraordinária resolução espacial, não empregam radiação ionizante e se baseiam na resposta específica do próton de hidrogênio, de absorver e refletir energia contida em ondas eletromagnéticas.
Desta forma, em função da abundância de prótons de hidrogênio no corpo humano, as imagens, em última instância, representam um mapeamento da distribuição dos mesmos, nos diferentes tecidos examinados, num determinado tempo.
Além disso, a RM é o único método de imagem que permite a obtenção dos três planos ortogonais (sagitais, coronais e axiais), sem reposicionamento do paciente.
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